domingo, abril 25, 2004

BINÓCULO SOCIAL
Estávamos no show, mano Rafa e eu, quando do além surge ele. Para escrever estas linhas, pedi que o Rafa escolhesse um nome para o rapaz... portanto, ele é o Augusto. O Augusto era um cara estranho, jaqueta jeans, cabelo pro ladinho, mais ou menos uns 30 anos. Balançava mais que eucalipto em dia de vendaval, e não caía. O show nem tinha começado, e o cara naquele estadinho, acabado! Pensei em propor uma aposta pro Rafa, quem adivinhar quantas músicas o Augusto ia ficar de pé, mas acabei esquecendo, o show estava ótimo. Naquele ponto já havíamos esquecido dele. Lá pelas tantas o Rafa me olha e diz - " Olha só quem tá de pé ainda", foi inacreditável. Ele estava no mesmo compasso, dois pra lá, dois pra cá. Mais pro final do show, me encostei na grade, ficando um pouco longe do mano Rafa. Quando olho de longe, quem estava falando com o Rafa, sim, o Augusto. Dei um tempo e fui falar com o mano. Segundo o Sr. Rafael, o indivíduo que veio lhe pedir fogo não fedia à canha nem nada, assim passei a me sentir culpado. Preconceituosamente elegi o cara como o bebum da noite, mas há a possibilidade de ele ser apenas um homem com problemas de labirintite, ou de coluna então. De qualquer forma, bêbado ou não, o cara foi o herói, passou a noite toda no "quase", e não caiu. Dá-lhe Augusto.

Nenhum comentário: